30/10/2020 | Por Daniel Grandesso
Estreia do Verdão na CdB foi com pé direito e um primeiro tempo de gala, e um segundo tempo que mostrou, em menor escala, um dos grandes problemas dessa temporada – a manutenção do resultado construído.
Com uma formação inedita, o Palmeiras entrou no gramado do Nabi Abi Chedid com Weverton; Menino, Gomez, Luan e Viña; Melo, Zé Rafael e Veiga; Rony, Luis Adriano e Wesley.
E diferente do que se podia imaginar, o Palmeiras deixou a bola com o Bragantino e se preparou pros contra-ataques.
Depois de algumas boas descidas, sempre pelos lados, o gol saiu aos 23, depois de boa jogada do Zé Rafael, cruzando rasteiro na entrada da área pro Veiga bater pro gol e contar com um desvio da zaga pra abrir o placar.
Mais alguns minutos, o agora novamente volante Felipe Melo lançou com perfeição Wesley, que invadiu a área e bateu no ângulo, sem chance pro goleiro.
Outros minutos mais e foi a vez de Rony chegar na linha de fundo e cruzar pro Luis Adriano, depois do desvio da zaga, só escolher o canto.
3×0 surpreendente, dum jeito que o Palmeiras há muito não fazia. Um atropelo.
Isso tudo em apenas 8 chutes a gol, um aproveitamento de quase 50%, mostrando pros baba ovo daquele argentino nanico que não precisa chutar 35 bolas ao gol pra vencer, principalmente se pra fazer isso se sacrifique todo o sistema defensivo.
No segundo tempo, tivemos a chance de ampliar, de novo no contragolpe, nos pés do Rony, mas como seria o 4⁰, e o Rony é o artilheiro do 5⁰ gol, ele nem bateu pro gol e nem deu passe.
O jogo seguiu com o Palmeiras aceitando uma desnecessária, mas pouco eficaz, pressão do Bragantino, ao mesmo tempo em que os contra-ataques pararam de encaixar.
As alterações que o Andrey fez não surtiram efeito na frente, mas seria injusto não fazer menção honrosa ao Lucas Lima que, com uma rapidez jamais antes vista, conseguiu bloquear um chute dentro da nossa área e evitar o que seria o 1⁰ gol do adversário, com muito relógio pra correr ainda.
Gol este que, pouco depois, em jogada de muita displicência do Gabriel Menino, acabou saindo, aos 35 do 2T.
O Bragantino até ensaiou uma pressãozinha adicional, mas o placar não foi alterado.
Wesley segue sendo o melhor jogador do Palmeiras desde que se tornou titular. É o que mais se aproxima a candidato a calçar, algum dia, as chuteiras do Dudu, o que era pra ser tarefa do Rony…
Rony que vem melhorando, mas que, por enquanto, segue sendo candidato apenas às chuteiras do Maikon Leite…
Luis Adriano dispensa comentários, é bom e ponto.
E, finalmente, outros 2 que vinham decepcionando mas que estão crescendo e jogando cada vez mais confortáveis onde estão sendo escalados são Raphael Veiga e Zé Rafael, este último como 2⁰ volante, herança do Vanderlei, não esqueçam.
Mas como aqui não tenho compromisso com erro: SIM, o time está jogando melhor desde que o Luxa saiu, graças às ideias simples, mas eficazes, do Andrey, e também aquela vontade adicional que volta a campo depois que o treinador que perdeu o vestiário é substituído.
Ou o time que enfrentou o Coritiba 15 dias atrás jogou com a mesma pegada que os caras tavam em campo hoje? Acho que não, né pai…
Pra não acharmos que só porque trocou o treinador esse time vai voar em campo para todo o sempre: se o elenco torcer o nariz pro novo comandante, a gente sabe bem o que acontece em campo.
Mas isso é assunto pra outro dia que, se San Gennaro quiser, não acontecerá pelos próximos 10 anos…
O Palmeiras agora se prepara pra enfrentar o Galo e me arrisco a dizer que o plano de jogo do Palmeiras de hoje pode servir como uma luva contra um time que prioriza a bola no campo de ataque, com linhas de marcação altas e a defesa bastante exposta.
È, o Cebolismo já está dominando o teclado por aqui kkkk
Pra cima do Galo!
AVANTI PALESTRA!