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Prezado sr. Maurício Precivalle Galiotte,

independentemente do técnico escolhido para substituir Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, você já está na lista dos piores presidentes da história do clube.

Você assumiu um clube que ressurgira das cinzas: dívidas controladas, a maior patrocinadora máster do Brasil, o maior programa de sócio-torcedor, categorias de base reformuladas e revelando talentos, estrutura de ponta e um dos melhores elencos do País, se não o melhor.

Entretanto, bastaram pouco mais de três anos para que você e sua trupe colocassem todo o projeto de seu antecessor, Paulo Nobre, por água abaixo. Como se não fosse suficiente, você traiu, pela patrocinadora, aquele que havia lhe alçado à presidência alviverde.

Se ainda lhe resta um pouco de hombridade, contudo, escute pelo menos uma vez na vida a torcida palmeirense e contrate um treinador que ela pede.

Na coletiva de imprensa desta quinta-feira (15), na Academia de Futebol, você e Anderson Barros idealizaram um time moderno, ofensivo, com transição rápida e DNA do Palmeiras. Uma equipe da qual os torcedores se orgulhem. Belas palavras – ao menos no papel.

Trazer um velho figurão do futebol brasileiro, como Abel Braga, Dorival Jr. e companhia, não irá condizer com este seu discurso. Vá por mim.

Como você mesmo disse, “o futebol se transformou nos últimos anos”. Para ter sucesso, não é preciso apenas talento individual dos jogadores, como acreditava Luxa (isto até funcionava na década de 1990). Hoje mais elementos são necessários: estilo de jogo definido, conceito tático, intenso preparo físico etc..

Não continue tendo medo, presidente. Você já está no fim do seu mandato, e até agora a maioria das suas decisões foi péssima. Chegou a hora de pensar fora da casinha, inovar, arriscar. Só assim o palmeirense poderá, de fato, orgulhar-se do time.

Atenciosamente,

Tarcísio De Lucca.