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Explicando a utilização da polêmica caixa de areia na preparação física e na recuperação de lesões.

26/10/2020 | Por Alexandre Barauna

Foto por - Willian fazendo trabalho na caixa de areia (foto: Cesar Greco)

Um dos principais alvos do trabalho exercido por Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, foi o trabalho realizado na caixa de areia, muito debatido por jornalistas, comentarista e torcedores, gerando muitas opiniões: como algo essencial, ultrapassado ou que é lesivo aos atletas. Hoje na Amici, iremos explicar o motivo da utilização desse treino, elucidando mais sua função para que vocês consigam emitir sua opinião sobre esse método.

Antônio Mello, preparador físico de Luxemburgo, foi um dos pioneiros na utilização da caixa de areia no Brasil, levando tal método pro Real Madrid em 2005, e que ainda é utilizado por lá, segundo Mello, o trabalho na areia hoje, bem aplicado, diminui as lesões musculares e os problemas articulares, mas para isso o profissional deverá conhecer bem como fazer esses treinos.

Agora vamos trazer esse método ao nosso plano, a medicina esportiva, para elucidar mais seus prós e contras. Atualmente no futebol, os trabalhos externos de prevenção de lesões e de ganho de potência, são feitos na academia, por meio de musculação, e em alguns clubes, como no Palmeiras é utilizado também a caixa de areia. A irregularidade do terreno da areia, faz com que ocorra um estímulo dos proprioceptores, que são mecanismos sensoriais, presentes nos músculos, tendões e ligamentos, que levam e recebem informações ao sistema nervoso central sobre tensões, pressões, sinais de contração ou estiramento agudo, na área estimulada do corpo, para que o cérebro decida como reagir para manter o equilibrio, sendo assim ajudando na prevenção de lesões. A areia também é um ótimo trabalho para gerar força e a resistência muscular, já que trabalha muito a musculatura em termos de equilibrio e propriocepção (que são exercícios que ativam um mecanismo involuntário de adaptação a situação de estresse), porém o esforço muscular na areia é muito maior, por isso é bem utilizado em atletas que estão em transição de lesão, mas quando feitos, os trabalhos na areia devem ser muito curtos, pois com esse esforço muscular, se estendido a um maior espaço de tempo, poderá gerar lesões musculares e também ligamentares em joelho e tornozelo, devido a instabilidade do terreno.

 

 

AUTOR

Alexandre Barauna

Estudante de medicina e Palmeirense.

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