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PALMEIRAS 1 (4) x (3) 1 SCCP – PAULISTÃO 2020

09/08/2020 | Por Daniel Grandesso

Foto por - Agência Estado/Alex Silva

Ao longo das minhas 4,2 décadas de não apenas palestrinidade, mas de vida mesmo, aprendi uma ou outra coisa em como encarar as situações que se apresentam.

Tudo, absolutamente tudo, pode ser visto por uma perspectiva otimista ou pessimista, e a escolha, via de regra, é sempre nossa. Cabe a você decidir como quer encarar as curve balls que a vida te lança.

Vi muito palmeirense criticando o fato do Palmeiras não ter matado o fraco time do Small Club já na volta do Paulistão, o que, com um mero empate naquele jogo, já teria sido obtido. Mas isso nos deu o direito de passar a limpo aquela final amarga de 2018, que tanto machucou, do jeito larápio que foi.

Não tive coragem de pegar o telefone na mão depois do penalti infantil cometido pelo MONSTRO Gustavo Gomez, aos 49:55 do 2T, num jogo que por razão nenhuma precisava ter mais do que 3 minutos de acréscimo. Mas esse sofrimento a mais só engrandeceu a nossa conquista.

E na hora de escolher a camisa que eu ia vestir hoje, peguei justo aquela que não perde pra essa porra de Corintia, mas que também não ganha, pelo menos não no tempo normal. Vesti a mesma camisa branca, n. 5, que carreguei no peito rumo ao Salão de Festa Municipal da Zona Leste, vulgo Entulhão, em abril de 2015, quando, também nos pênaltis, depois de um 2×2 suado e sofrido, eliminamos a gambazada na semi-final do Paulistão.

A diferença daquele dia pra hoje é que naquela época o Palmeiras ainda estava sendo lapidado pra se tornar a maior potência do futebol nacional dos últimos 5 anos, e hoje já está consolidado como um dos times a ser batido, sempre entrando em qualquer disputa como favorito.

Quem lembra daquele jogo sabe o quanto sofremos, o quanto fomos massacrados no primeiro tempo, com duas bolas na trave e um gol sofrido, e o quanto o time foi valente pra buscar o resultado duas vezes antes de levar o jogo pras penalidades e pra glória nas mãos de Fernando Prass.

Em 2018, depois da vitória fora de casa num dos jogos de maior entrega em campo de um time de futebol, em que o Palmeiras rachou toda dividida como se fosse a última, bastou 2 minutos no segundo jogo, para vermos – aliás, ver eu não vi, porque estava embaixo do bandeirão da torcida – a vantagem ir pelo ralo e depois aquela patifaria toda acontecer.

Dessa vez não foi diferente, afinal, o Gambá jogou com 12 como sempre, no primeiro jogo com a assistência do apitador, o bom moço da camisa 77 não foi expulso depois de uma entrada criminosa que, na semi-final, foi suficiente pra o mesmo juiz, lá da sala de vídeo, tirar de campo o jogador do Mirassol.

2 pesos e 2 medidas é a forma mais visível – e discreta – de favorecimento que pode ser vista no futebol. Quantos jogadores não seriam expulsos, se não o Fagner, naquela joelhada no jogador do Red Bull? Quantos não seriam expulsos depois daquela solada criminosa do Jô no Gustavo Gomez?

Mas é aquela história de ver as coisas por perspectivas diferentes. Quis o destino que o pênalti, aos 49:50 do segundo tempo (que por motivo nenhum deveria ter tido cinco minutos de acréscimo), fosse cometido justamente pelo agredido contra o agressor que, a depender da cor da camisa (qualquer que fosse que não aquele trapilho preto e branco), sequer estaria em campo.

Penalti indiscutível, por sinal, mas que, a gente sabe, em hipótese nenhuma seria marcado se fosse na área do adversário. Até porque se a vantagem estivesse do lado de lá, o jogo já teria acabado uns dois ou três minutos antes…

E nem vou entrar no mérito da falta de competência dos jogadores do Palmeiras de segurar um resultado merecido, construído dentro de campo e que não foi nem por um minuto ameaçado, senão naquela cagada monstruosa, antes precedida de um ou dois contra-ataques – sem goleiro – muito bem jogados no lixo pelos jogadores de verde.

Mas voltemos duas semanas atrás para pensar se alguém imaginaria que perder aquele jogo em Itaquera nos daria a chance de finalmente nos vingarmos do assalto de 2018?

E se alguém dissesse que não poderia ser no tempo normal, mas que teria que ser resolvido novamente nos penaltis, pra que o pay back fosse exatamente na mesma moeda, salvo pelo favorecimento da arbitragem, interferência externa e outras imundícies que não combinam com a nossa história?

Que o gol do título sairia dos pés de um gigante-menino, mais um, que encarna a camisa 5 como se fosse a sua segunda pele?

Alguém aqui aceitaria?

Difícil de responder, mas isso tudo precisa ser dito porque cada uma dessas consequências só serviu para aumentar ainda mais essa conquista. Caso contrário, seria só mais um paulistinha.

Imagina do lado de lá, como não deve ter sido doído pros gambás ver esse time fraco e medíocre deles ser surrado em campo dois (três) jogos inteiros e, por um lapso de minutos, parecer que iriam mesmo assim ganhar o tetracampeonato mais roubado e mentiroso da história do futebol, e ver toda essa ilusão ir pelo ralo nas mãos do Weverton e nos pés do Patrik “Sampaio” de Paula?

EU SEI que assim doeu bem, bem mais do que aqueles 4×0 de 1993. Tenho absoluta certeza disso. Porque toda aquela retórica mentirosa de time sofrido passou na cabeça de cada um dos marsupiais que achou que, mais uma vez, iria tungar – sem merecer – o maior rival dentro da nossa casa.

Mas não, seus imundos, como em 1993, como em 1974, se não tem aquele empurrãozinho decisivo do assoprador de apito, vocês NUNCA PASSARÃO!

E termino aqui agradecendo ao maior vencedor da história da Sociedade Esportiva Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, tão tachado de ultrapassado, de mais do mesmo, pela mesma imprensa esportiva que definiu o fraquinho técnico do Gambá como “o maior treinador brasileiro em atividade no Brasil”.

27/26 anos depois de 93/94, 24 anos depois de 1996, 12 anos depois de 2008, de novo nas mãos do Luxa, o Palmeiras conquista seu quinto Campeonato Paulista, título que desde Osvaldo Brandão em 1976, só ele conseguiu vencer. Tem que respeitar.

Principalmente os pançudos das redações esportivas que nunca chutaram uma bola. Lavem a boca pra falar do Luxa, malditos.

CHUPA GAMBÁ!

AVANTI PALESTRA!

AUTOR

Daniel Grandesso

Comentários:

Jose Luis
O técnico campeão de 1976 foi Dudu
Renata
Somos Campeão, fim.
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