27/09/2020 | Por Daniel Grandesso
Frustrante, mas previsível.
Doa a quem doer, essa é a verdade.
Não apenas pelo pouco futebol que os constantes empates, já são sete no total, evidenciam, mas por tudo que o jogo representou, pela semana que foi, pela patifaria que o time adversário proporcionou.
Meu maior medo hoje era derrota, eu juro. Não que esse empate broxante tenha sido festejado, muito pelo contrário, achei uma bosta.
Mas jamais passou na minha cabeça que o Palmeiras ira atropelar, surrar, passar o carro, deitar…
Porque me digam, qual foi o jogo, este ano, que o Palmeiras voou em campo? Que amassou o adversário? Consegue lembrar algum?
Não? Nem eu. Por isso, não me iludo. Miro os três pontos, que venham sempre, jogando mal ou bem.
Hoje, com o jogo sendo confirmado 20 minutos antes do seu início, o inimigo fez o que poderia se esperar de um time imundo e salafrário em desvantagem: criou, sem um pingo de vergonha na cara, todo tipo de obstáculo para não jogar, ao mesmo tempo em que transferiu para o Palmeiras toda a responsabilidade pelo resultado do jogo, uma vez confirmada, minutos antes do início, a partida.
Com isso, o time da Gávea entrou em campo sem qualquer peso: a responsabilidade era inteira do Palmeiras. Se perdesse, foi o time desfigurado. Se não, seriam os heróis. Não tinha resultado ruim.
E o Palmeiras, com responsabilidade, simplesmente não está lidando bem. Basta ver que, de 7 empates no campeonato, é o sexto que o time sai na frente e não consegue manter a vantagem.
E dessa vez, não foi no fim do jogo. Não durou nem um minuto. Fez o gol aos 9 do 2T, levou o empate aos 10.
E a dúvida então era: vai continuar empatado ou finalmente vamos perder? Porque a chance do Palmeiras, com tudo que representava o jogo, por tudo que não vem desempenhando, restabelecer a vantagem, era quase nenhuma.
E foi só uma mesmo, cabeçada de Luiz Adriano, depois de cruzamento do Vina, que o goleiro foi buscar, meio no contrapé. Nada além disso.
E pronto, bastou pra imprensa patife já eleger no jovem goleiro do inimigo um herói, num jogo em que esse time sujo só merecia ser considerado como o que é: imundo. Mas isso redação esportiva nenhuma vai falar.
Parabéns ao Palmeiras que, no alto da sua previsível inoperância, empatou mais um jogo que podia ser vitória e ainda criou sobre a própria cabeça toda essa narrativa de superação do time mais sujo do futebol mundial.
E já são 5 pontos atrás do líder. De empate em empate, essa distância só vai aumentar.
Que na quarta-feira, pela Libertadores, esse time volte a parar de desapontar o torcedor, porque não tá fácil tolerar…
AVANTI PALESTRA!