01/10/2020 | Por Daniel Grandesso
Uma vitória pra chamar de sua, palmeirense, com direito a goleada e classificação antecipada. Mas antes, um primeiro tempo digno do que vem sendo o Palmeiras jogo após jogo.
Um time que sai na frente e sofre para – e muitas vezes não consegue – segurar o placar.
Dessa vez, a vantagem veio logo aos 4, com jogada que teve início pela direita, cruzamento do Rony, chute torto do Wesley e o oportunismo do Bigode.
1×0 logo de cara e o palmeirense pensou: hoje finalmente vamos ter sossego. Vai não, inocente…
Em menos de 15 minutos aquele cheiro de arroz queimado começava a querer dar as caras.
Também, o Palmeiras não se ajudava. Um lance emblemático do quanto o Palmeiras tem sido especialista em cavar a própria cova, jogo sim, jogo também, foi quando uma bola que estava no lado direito do nosso ataque foi sendo passada pra trás, pra trás, pra trás, pra trás até chegar meio quadrada pro Gustavo Gomez, do outro lado do campo, quase dentro da nossa área e, depois de um domínio atrapalhado, terminou um cotovelada na cara do adversário, falta perigosa pro Bolivar e cartão laranja pro Gomez, aquele famoso cartão amarelo que se tem VAR tinha grandes chances de ser vermelho.
E ainda deu tempo pra mais um lance bizarro de saída de bola, em que o Weverton tocou pro Melo, o Melo não viu, o atacante do Bolivar chegou junto e o Weverton precisou tocar de novo na bola: 2 toques e tiro livre indireto dentro da nossa área. Pra que isso, pai? Ainda bem que o BH e o Veiga se atiraram na bola e evitaram a tragédia do empate.
Voltamos iguais pro segundo tempo. Mas só na formação, porque a atitude foi completamente outra. Aliás, isso, pra mim, é mérito do treinador. Luxemburgo sempre teve um olho cirúrgico pra reorganizar o time dentro de campo, corrigindo o que deu errado na primeira etapa.
Lembro dum Palmeiras x Santos no Palestra, 2007, o Luxa treinava os caras. O Palmeiras do Caio Jr. deu um baile no primeiro tempo, 2×0, comandado pelo Edmundo e com 2 gols do Osmar Cambalhota. No segundo tempo o Luxa virou o Lambari do avesso, e um jogo que estava 3×1 pro Verdão aos 24 do segundo tempo, terminou 3×3. Mas isso é assunto pra outro post.
E hoje foi mais um episódio em que o Luxa transformou um primeiro tempo meio bosta num segundo tempo decente. Dessa vez, foi bem mais que isso.
Aos 3, Wesley já tinha feito um golaço, o primeiro dele como profissional. Limpou o zagueiro e mandou no ângulo. Vina fez o terceiro, uma patada, aos 13, e logo depois Veiga fez o quarto.
Faltava o dele, tinha que sair o dele e finalmente saiu o GOL DO RONY, OBRIGADO SENHOR!!! dezenove jogos depois… aposto que você não sabia que ele dava cambalhota quando fazia gol né? ahahahah
Isso tudo em 18 minutos de segundo tempo. E sem trocar nenhum jogador. É ou não é mérito do treinador?
Vai ter sempre alguém pra falar que não, que o adversário era fraco, não se iludam pipipipópópó.
Eu me iludo sim, já tô iludido de novo, mas só até o próximo jogo. Se empatar contra o Ceará, volta o sentimento de terra arrasada tudo outra vez.
AVANTI PALESTRA!